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25/05- Dia Internacional da Tireoide e Semana Internacional de Consciência

Em 2008, a Federação Internacional de Tireoide estabeleceu e lançou essa data comemorativa com o objetivo de promover a conscientização, o entendimento dos problemas da tireóide e dos desafios enfrentados pelos indivíduos, em nível internacional.

Tireoide ou tiroide é uma glândula em forma de borboleta (com dois lobos), localizada na parte anterior do pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão, popularmente, gogó.

A sua principal função é produzir os hormônios tireoidianos triiodotironina (T3) e tetraiodotironina (T4). O hormônio tireoidiano age em praticamente todos os órgãos, estimulando várias funções, como se fosse a gasolina do corpo humano– na função de órgãos vitais como coração, cérebro, fígado e rins. Interfere, também, no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional, garantindo o equilíbrio do organismo.

Age também no osso, no músculo e no tecido adiposo.

As doenças da glândula são muito frequentes. A tireoide pode aumentar de tamanho homogeneamente ou na forma de nódulo (s), benigno ou maligno. Quando deixa de produzir hormônios adequadamente ocorre o hipotireoidismo e quando ela produz em excesso, o hipertireoidismo. Ambas situações trazem consequências negativas para o organismo.

Os nódulos são detectados ao exame clínico, ou seja, pela palpação do pescoço, em 4-7% da população e em 95% dos casos são benignos. No caso dos malignos os pacientes são submetidos a tireodectomia total (retirada da glândula) e reposição hormonal. Felizmente a grande maioria dos casos de câncer de tireoide tem um prognóstico excelente quando manejados de forma adequada.

Quando a tireoide não está funcionando adequadamente pode liberar hormônios em excesso (hipertiroidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo).

Tanto o hipotireoidismo como o hipertireoidismo são doenças autoimunes. O indivíduo produz anticorpos contra a própria tireoide, bloqueando ou estimulando o seu funcionamento, respectivamente.

Se a produção de hormônio é insuficiente, provoca o hipotireoidismo. O organismo começa a funcionar mais lentamente: o coração bate mais devagar, o intestino prende e o crescimento pode ficar comprometido. Ocorrem, também, diminuição da capacidade de memória, cansaço excessivo, dores musculares e articulares, sonolência, pele seca, queda de cabelo, intolerância ao frio (sente mais frio do que o normal), edema (inchaço) de pálpebras principalmente, mas, também, edema de pernas e mãos, ganho de peso, aumento nos níveis de colesterol no sangue, depressão e, ainda, em ambos os sexos pode haver diminuição da libido.

Deve-se dar atenção especial ao feto e neonato, pois o hipotireoidismo nestas fases da vida causa graus variáveis de retardo mental irreversíveis se não for tratado precocemente. Por isto, é extremamente importante a avaliação da tireoide da gestante para garantir sua ingestão adequada de iodo (usado pela tireoide da mãe e do feto para produzir os hormônios).  

No hipertireoidismo, os sinais e sintomas são opostos aos do hipotireoidismo, ou seja, o (a) paciente vai apresentar agitação; irritabilidade; alteração do sono (insônia); cabelos finos e unhas quebradiças; pele quente e úmida; intolerância ao calor (sente mais calor do que o normal); aumento da frequência de evacuações, podendo ter diarreia; alteração do ciclo menstrual (diminuição do intervalo e alteração de fluxo); taquicardia; e tremor das mãos.

Em longo prazo, o hipertireoidismo pode causar arritmias cardíacas, como fibrilação atrial; diminuição da massa magra (músculo); e diminuição da massa óssea com osteoporose e possível aumento do risco de fraturas em mulheres pós-menopausa.

Quais exames diagnosticam problemas na tireoide?

Tanto no hipo como no hipertireoidismo, pode ocorrer o aumento no volume da tireoide, chamado bócio, que pode ser detectado no exame físico. Problemas na tireoide podem aparecer em qualquer fase da vida, do recém-nascido ao idoso, em homens e em mulheres.

Os exames que investigam a glândula tireoide além dos exames físicos, são os laboratoriais e diagnósticos por imagem:

·         PROVA DE FUNÇÃO TIREOIDIANA

·         TESTE DO PEZINHO

·         ULTRASSONOGRAFIA

·         CINTILOGRAFIA

·         PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA

·         TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

·         RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Por que o emagrecimento ou ganho de peso pode ter alguma relação com o funcionamento da tireoide?

 

    A tireoide é a gasolina do corpo, age estimulando o funcionamento e diversas funções nos diferentes órgãos, portanto ela estimula o metabolismo e o gasto energético. Quando a tireoide está funcionando, menos no caso do hipotireoidismo, a paciente vai ter um gasto energético reduzido. Além disso, ocorre retenção de líquido o que ocasiona um aumento de peso em torno de 10% do peso corporal.

    No hipertireoidismo ocorre o contrário, há um aumento do metabolismo e do gasto energético que a paciente não consegue compensar com o concomitante aumento do apetite. Mas, devemos salientar que é um mito dizer que uma pessoa é gorda ou magra porque tem problema de tireoide. Estas disfunções causam alteração transitória do peso enquanto a paciente não está sendo tratada, uma vez que a paciente está recebendo tratamento adequado o peso vai depender da ingesta e do gasto calórico como ocorre com qualquer pessoa saudável.

Tratamento:

– Hipotireoidismo: reposição do hormônio tireoxina que a tireoide deixou de fabricar. Como dificilmente a doença regride, ele deve ser tomado por toda a vida, mas os resultados são muito bons.

– Hipertireoidismo: o tratamento pode incluir medicamentos, iodo radioativo e cirurgia e depende das características e causas da doença.

Como manter a tireoide longe de problemas?

    Não existe nenhuma dieta ou cuidado especial que possa impedir o aparecimento destas disfunções. Importante ressaltar que as fórmulas de emagrecimento, em geral, contém hormônio tireoidiano para aumentar o gasto calórico. Entretanto isto ocorre às custas de um hipertireoidismo que, como foi comentado acima, tem efeitos deletérios a saúde.

    Portanto, é melhor não tentar aumentar a função da tireoide para emagrecer e assim evitar problemas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

· https://bvsms.saude.gov.br/25-5-dia-internacional-da-tireoide-e-semana-internacional-de-conscientizacao-da-tireoide/#:~:text=Boletins%20Tem%C3%A1ticos-,25%2F5%20%E2%80%93%20Dia%20Internacional%20da%20Tireoide%20e%20Semana,Internacional%20de%20Conscientiza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Tireoide

· https://www.tireoide.org.br/25-de-maio-dia-internacional-da-tireoide/

· https://magscan.com.br/blog/5-sintomas-de-problemas-na-tireoide/

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